sexta-feira, 13 de junho de 2014

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Os encantamentos da Fazenda do Tao

 Desenho e poema de Suzany e Iolanda, alunas de Ciências Ambientais - UFPE





domingo, 8 de junho de 2014

#Ocupe Estelita

Artigo sobre #OcupeEstelita censurado

C E N S U R A D O

escrevi o artigo abaixo para o "Diario de Pernambuco" de hoje. Não publicaram. Compreendo que o jornal tenha sua linha editorial. Respeito a posição alheia. Mas foi a primeira vez em que escrevo para essa coluna (desde 1999) e o texto não sai.



ADMIRÁVEL MOVIMENTO DE PROTESTO

Clóvis Cavalcanti
Economista ecológico e pesquisador social; clovis.cavalcanti@yahoo.com.br


Uma reação da sociedade civil contra o chamado Projeto Novo Recife transformou-se aos poucos em belíssimo movimento social: o #OcupeEstelita. Infelizmente, na sua evolução, essa iniciativa não contou com cobertura forte dos meios de comunicação recifenses, valendo-se apenas das redes sociais que, como se sabe, não alcançam certas camadas da população. Mesmo assim, o OcupeEstelita – inspirado nas sugestivas mobilizações aparecidas em 2011, em Nova York, com o Occupy Wall Street – ganhou a adesão de número expressivo de pernambucanos.

O que quer esse movimento? Discutir uma visão de cidade que signifique bem-estar genuíno para todos, que não sucumba à ganância insaciável da especulação imobiliária, que não deforme o que resta da linda herança urbana do Recife. O oposto do propósito do Projeto em questionamento, aprovado, sim, formalmente, nos níveis de decisão (fechados, opacos) do governo municipal, mas não submetidos a debates (abertos, transparentes) com todas as partes interessadas, com todos os atores sociais (stakeholders) relevantes. É só comparar as imagens disponíveis do Recife nas décadas de 1940 e 1950 – quando, como criança e adolescente, eu me familiarizei com elas – com as do Projeto Novo Recife e seus espigões descomunais. Que seguem o exemplo das lamentáveis Torres Gêmeas do Cais de Santa Rita. E do mote de devastação dado pelo esdrúxulo prefeito Augusto Lucena, imposto pelos militares em 1964. Isso não pode vingar, diz o Estelita, apoiado já agora por enormes segmentos da sociedade.


Assim, soa como ofensa gratuita, como classificação aberrante, o que escreveu jornal do Recife a propósito das pessoas idealistas que integram o movimento: “protestadores profissionais”. Todos os pernambucanos deveriam era agradecer a Deus por nos dar uma forma de protesto civilizada, educada, dentro da lei como a do #OcupeEstelita. Um exemplo de Primeiro Mundo, de como deve ser a reação da sociedade diante de coisas absurdas que incomodam. Foi o Novo Recife objeto de elucubrações técnicas perfeitas? Passou por todas as instâncias deliberativas previstas? Fez-se isso de forma nítida, criteriosa e irreprimível? Quem garante? O fato é que a sociedade despertou. Com uma vanguarda decente, digna, admirável.



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Vários depoimento via face, email e na rua e sobre o artigo


Prezado Clovis Cavalcanti, meu cordial boa noite!

Grato por sua atenção em me distinguir ao comunicar esse lamentável fato.

Posso afirmar que conheço a sua densidade intelectual. Fui seu aluno de microeconomia na década de 60. Já àquela época seu nome ecoava no meio universitário como excelente professor e de uma invejável formação acadêmica. Desde então venho acompanhando seus movimentos através dos artigos que eram publicados aos domingos no DP. Lembro (não sei se já era do DP) que lia com frequência suas crônicas  combatendo a construção do Porto de Suape pelos danos ambientais que iria causar. O resultado está aí, entre outros os tubarões devorando dezena de pessoas.

Exceto quando estou ausente, por motivo de viagem, lia regularmente TODOS os seus artigos. Aliás, abomino 99% o conteúdo desses dois jornais, JC e DP. Acredite, só lia suas matérias e já lhe enviei parabéns mais de uma vez sobre alguns.Leio, também, Geraldo Pereira, gosto muito do estilo e do conteúdo. Leio Geraldo Pereira e lia Clávio Valeça, e só.

Agora, com sua ausência aos domingos, todos ficamos órfãos das  ricas e admiráveis crônicas. Perdem os leitores, em compensação ganham os CORRUPTOS, por ter menos um a esclarecer a população dos desmandos cometidos por autoridades e empresários. 
Inaceitável a atitude da direção do DP. Mas compreensível nos dias de HOJE. Todos são corruptos até prova em contrário. 
Só um lixo como está este nosso Brasil, para ignorar um CLÓVIS CAVALCANTI. 

Não há de ser nada, porque estás muito e muito acima dessa corja.

Grande abraço, agradeço mais uma vez sua atenção.

Conte sempre comigo, seu admirador.


Gilberto Trindade Henriques

quarta-feira, 4 de junho de 2014

#OcupeEstelita



Roda de conversa: Um olhar feminino sobre o Recife


Arquite Lúcia Vera, Edinéia e Edneida